Biscuit
Na cozinha, a palavra biscuit cobre um vasto leque de produtos à base de farinha, geralmente de tamanho pequeno e textura crocante.
A palavra vem do latim panis biscoctus, que significa “pão assado duas vezes”. Em países europeus, durante a Idade Média, biscuits eram massas feitas com água e farinha e cozidas duas vezes, que tinham data de validade longa – por isso, eram alimento para marinheiros em longas viagens pelos oceanos.
Ainda mais antigamente, quando os fornos não eram usados, os biscuits eram fervidos e depois fritos, resultando num tipo de biscoito bem crocante. Com o passar do tempo, o biscuit foi ganhando sabores e se tornou doce. Na Grã-Bretanha e na Alemanha, por exemplo, surgiram biscuits de gengibre e mel.
A partir do século 16, em países como França, Inglaterra e Itália, os biscuits começaram a ser incrementados com ovos inteiros (ou apenas as claras) e açúcar – e essa receita deu origem a muitas massas e biscoitos que conhecemos hoje. Foi nessa época que surgiram os short cakes, pequenos bolos feitos com massa de biscuit, assados apenas uma vez – dois séculos mais tarde, a manteiga entraria na receita, que se tornou popular na Inglaterra. Na França, por volta de 1600, surgiu um tipo de biscuit muito leve – que deu origem, por exemplo, à tuile.
Atualmente, o biscuit é diferente em cada país. Nos Estados Unidos, é um tipo de bolinho macio e alto. Na Inglaterra, é um biscoito que se assemelha aos cookies americanos; na Itália, chama-se biscotti e ainda é assado duas vezes. Na França, é uma massa assada uma vez e em geral é bem fininho. Na Índia, biscuit continua a ser uma massa frita, enquanto na Nova Zelândia, a massa leva cacau e flocos de milho.
(Fonte: Dicionário Oxford)