O que chamamos de limão é, na verdade, lima: entenda essa história!
Sim, amigos! Dizem os entendidos que o que cultuamos por aqui é um falso limão. Quer dizer, entre os disponíveis nos mercados apenas o limão-siciliano é o verdadeiro. Os demais pertencem à família das limas ácidas.
A diferença entre os dois tipos está no tamanho e no sabor, que você pode logo notar se comparar o siciliano com os outros “limões” vendidos em larga escala em feiras e mercados brasileiros.
A família dos limões verdadeiros conta com cerca de 100 espécies pelo mundo, que apresentam sabor um pouco mais suave. Já as limas ácidas são menos numerosas, constituem cerca de dez variedades. São menores em tamanho, mas sobressaem no quesito suculência: as limas ácidas produzem mais sumo do que os parentes limões.
A historia do limão
Em comum, limões e limas ácidas têm a origem. A hipótese mais aceita é de que ambos surgiram na Ásia. Muito provavelmente na Índia. Como inúmeros alimentos incorporados à mesa dos ocidentais, foram introduzidos na Europa por mercadores árabes na Antiguidade.
Da Europa vieram para as Américas. O limão-siciliano chegou nas esquadras de Cristóvão Colombo, no final do século 15, e as espécies enquadradas como limas ácidas foram trazidas ao Brasil pelos portugueses, no século seguinte.
Principais espécies disponíveis
No mercado brasileiro, o consumidor encontra basicamente quatro tipos de limão (contando, é claro, com as limas):
Limão-Siciliano – Como já foi dito, esse é o limão verdadeiro. Com formato alongado, casca amarelada e grossa, tem suco menos ácido e aroma suave. Além do uso culinário (para saborizar molhos, risotos etc.), dele se extraem essências usadas na indústria de perfumes e cosméticos.
Limão Taiti – É uma das limas ácidas mais populares no Brasil e também o mais cultivado por aqui (presente em 90% das plantações). De casca verde e fina, tem pouca ou nenhuma semente e é abundante em suco, o que o torna a principal opção para fazer limonadas ou drinques como caipirinha. Também é muito usado em confeitaria, em receitas de sorvete, doces e tortas.
Limão-galego – Também faz parte da família das limas ácidas, mas é mais difícil de encontrar no mercado. Tem casca verde-clara, que fica amarelada quando ele amadurece. Pequeno e bastante saboroso, é muito usado para fazer caipirinha de cachaça. Suculento, faz bonito igualmente em sorvetes, molhos, temperos, doces e sucos.
Limão-cravo – Chamado também de caipira ou limão-rosa, é uma mistura de lima ácida e tangerina, tem como marca principal a polpa de cor laranja. O equilíbrio entre acidez e doçura torna o seu suco ideal para marinar carnes ou temperar saladas.
Ficou surpreso de saber que as variedades mais populares que você chama de limão são, na verdade, limas ácidas? Bom, como as qualidades nutricionais do siciliano, Taiti, galego e cravo são parecidas, pode continuar chamando tudo de limão! O que vale é o sabor que essas frutas incríveis conferem a qualquer preparo.
Bônus: já ouviu falar destes dois?
Estas duas variedades são mais raras no Brasil, mas se você tiver oportunidade, vale a pena experimentar.
Yuzu – Variedade de origem chinesa. Sua casca, muito aromática, é usada na culinária japonesa.
Limão-caviar – Seu formato (semelhante a um dedo gordo) está longe de parecer o de um limão, mas é. Esta variedade australiana tem esse nome porque seu interior é formado por pequenos gomos arredondados, que lembram ovas de peixe e explodem na boca com o seu maravilhoso sabor cítrico e refrescante.
Fontes:
https://mundoestranho.abril.com.br/materia/quantos-tipos-de-limao-existem
https://paladar.estadao.com.br/noticias/comida,saiba-a-diferenca-entre-os-limoes-mais-comuns-nos-mercados,70002812097